sábado, 26 de novembro de 2016

Brindemos a Fidel com cuba libre!

Por Fernando Castilho





Fidel faleceu.
Não nos entristeçamos pois a vida não passou por ele mas ele passou pela vida.
Fidel fez de sua vida um aríete contra a ditadura sanguinária de Fulgêncio Batista na época em que Cuba era apenas um quintal dos Estados Unidos.

A Revolução mudou totalmente a vida do povo cubano.

Não pensem que foi fácil.

O povo cubano, mesmo Cuba sendo uma pequeníssima ilha, mesmo com embargo econômico mundial, possui saúde e educação de primeiro mundo e um Índice de Desenvolvimento Humano (67), acima do Brasil (75).

Alguns se apegarão aos carros antigos de Havana. Me poupem.
O fato é que Fidel, mesmo tendo levado uma vida extremamente
sacrificada durante as guerrilhas em Sierra Maestra e mesmo depois para consolidar o regime, conseguiu chegar aos 90 anos, mesmo tendo sobrevivido a 638 atentados cometidos pelos Estados Unidos!

Portanto, neste dia, temos é que comemorar a vida deste grande líder latino e não lamentar.

A bebida apropriada talvez seja a Cuba Libre, que encaro como uma espécie de deboche já que leva rum cubano, coca-cola (símbolo do capitalismo derrotado em Cuba), gelo e limão.

Comemoremos, pois!

domingo, 20 de novembro de 2016

Por que os governos neoliberais gostam tanto do desemprego?

Por Fernando Castilho






Alto índice de desemprego significa trabalhador com medo de ser demitido, portanto, torna-se muito difícil para os sindicatos organizarem greves, protestos ou manifestações por melhores salários e condições de trabalho. Ou seja, é neste contexto que os empregadores podem aumentar a exploração sobre o trabalhador.


Percebam que quando a mídia fala em aumento do desemprego, é só uma retórica visando fritar governos.

A mídia nunca está preocupada com aumento de desemprego.

Assim como os governos neoliberais.

O desemprego é um dos motores do capitalismo, portanto, do neo-liberalismo.

Quando o indivíduo está desempregado, fica muito difícil ele se organizar em movimentos ou sindicatos para reivindicar.

Alto índice de desemprego significa trabalhador com medo de ser demitido, portanto, torna-se muito difícil para os sindicatos organizarem greves, protestos ou manifestações por melhores salários e condições de trabalho. Ou seja, é neste contexto que os empregadores podem aumentar a exploração sobre o trabalhador.

Numa situação de pleno emprego, pelo contrário, o trabalhador pode se dar ao luxo de recusar a executar tarefas que não constam de seu contrato de trabalho. Além disso, pode a qualquer momento trocar de emprego para buscar uma melhor condição de trabalho ou de salário.

Como passa a haver uma disputa entre as empresas para manter um bom funcionário, a tendência é de que os salários aumentem.

Nada disso é interessante ao capitalismo e ao neoliberalismo.

Em 2014 o Brasil praticamente chegou a uma condição de pleno emprego (4,3%) e todos nós vimos o que aconteceu.

Enquanto tínhamos motivos para comemorar, a mídia logo tratou de inventar (sim, naquela ocasião foi no início mesmo uma invenção) uma grave crise econômica cuja grande responsável era a presidenta Dilma, mesmo sendo ela reconhecida como ótima gestora.

A Fiesp, inconformada com o baixo índice de desemprego, tratou logo de financiar o golpe que iria tirar Dilma da presidência.

Pouco antes da derrubada de Dilma, os índices de desemprego voltaram a subir, mas nada comparável a Espanha, por exemplo.

Agora, com um governo usurpador e ilegítimo pós golpe, esses índices são alarmantes mas não vemos a mídia se incomodar com isso, por enquanto, tanto é que não são nem divulgados.

Fechamos agosto com 11,6%, na saída de Dilma, mas aguardamos ansiosos o índice do trimestre que fecha neste mês de novembro.

Só não sabemos se serão divulgados.

O governo Temer TEM que ser esticado até o fim do ano porque o golpe só pode ser concluído em 2017.

Explico: se o governo Temer cair em 2016, haverá eleições diretas para presidente. Lula poderá concorrer porque não foi condenado e certamente vencerá.

Se Temer cair em 2017 as eleições serão indiretas e quem votará serão os deputados federais.
Mamão com açúcar para os tucanos.


Portanto, aguardemos para 2017 as manchetes em letras garrafais sobre o “insuportável aumento do índice de desemprego que este governo incompetente não conseguiu conter”.