quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Marina e Aécio, 2018. O projeto.

Por Fernando Castilho

Charge por Pataxó pataxocartoons.blogspot.jp


Marina e Eduardo
Era uma quarta-feira, 3 de outubro de 2013.
A Rede Sustentabilidade, partido que Marina Silva estava organizando para chamá-lo de seu, não conseguira seu registro no TSE. Faltaram-lhe 95 mil assinaturas que haviam sido impugnadas por fraude.

Marina não perdeu tempo. Seu caráter oportunista se manifestou rapidamente e, num lance digno de raposa matreira, antes que perdesse qualquer chance de disputar o poder, pulou para os braços de Eduardo Campos do PSB, na condição de candidata a vice-presidente, deixando seus seguidores de queixo caído.

Com a morte do ex-governador pernambucano, em um acidente cujas causas se especulam mas ainda não foram esclarecidas, a ex-senadora, antes que o luto de três dias terminasse, buscou ser a cabeça de chapa do partido, e conseguiu. 

Durante meses de campanha, a ''nova política'' defendida por ela e seus seguidores foi se transformando aos poucos. Valeu tudo, desde alterar o programa após dois tuítes de Silas Malafaia, até defender a independência do Banco Central, passando por afirmar que Chico Mendes era da elite, e que essa história de que era contrária ao agronegócio não passava de lenda... (continue lendo...)

.
Dilma Rousseff, em seu horário eleitoral, bateu em Marina, mas tendo o cuidado de mostrar somente aquilo que ela própria defendia. Marina, pelo contrário, manifestou um ataque sórdido contra a presidenta, acusando-a de ter colocado Paulo Roberto Costa na Petrobrás para assaltar os cofres públicos...

A ex-senadora morreu na praia, mais pelas próprias contradições que pelos ataques.

Restou-lhe agora apelar para a sua tática favorita. Novamente, como em 5 de outubro de 2013, um ano depois, matreira como a raposa, já procurou Aécio Neves para lhe propor apoio.

Vamos combinar qualquer dia?
Não haveria problema nenhum nisso se o apoio ao tucano, mais que ao PT, não representasse o embarque direto, sem escalas, na política mais velha que se possa praticar. Afinal, ela está apoiando o passado, o retrocesso, o neoliberalismo, o desemprego, as medidas impopulares, a recessão, enfim, a direita e as elites que sempre governaram o país antes de 2003.

Para justificar essa adesão, se vitimiza novamente e, perante seus seguidores da Rede, se diz magoada com o Partido dos Trabalhadores, Dilma e Lula.

Acontece que um candidato ao posto mais alto do país NÃO PODE tomar uma decisão por mágoa. TEM que tomar decisão pensando no futuro do país, na manutenção das conquistas. O interesse de 202 milhões de brasileiros se sobrepõe à sua mágoa. 

Mas amigos, essa história é conversa pra boi dormir. É só desculpa para sensibilizar a Rede. E ela conseguiu. O quase partido já acatou sua decisão. Vai apoiar Aécio no segundo turno. 

Por trás do choro, o que Marina pretende de fato?

Um ministério no possível governo tucano?
Seria o do Meio Ambiente, sua especialidade?
Não, definitivamente não. Entraria em conflito com ruralistas, com o agronegócio, com o descaso com que o PSDB sempre tratou a questão. Ela quer o bem bom.

Daniela Martins, no blog do jornalista Kennedy Alencarparece que mata a charada. Ela sustenta que ''um emissário de Aécio Neves levou à ex-senadora um convite para que ela assuma o Ministério das Relações Exteriores, caso o tucano vença a disputa presidencial. A ideia seria indicar Marina para o Itamaraty a fim de que ela defenda uma diplomacia verde.
Marina tem boa imagem internacional. Também teria convergência com Aécio na mudança de alguns pontos da linha diplomática dos governos do PT. Com Aécio e Marina, o Itamaraty daria menos foco ao Mercosul. Tentaria negociar mais com os Estados Unidos e a União Europeia''.

Pataxó
Dá pra entender até onde isso pode ir?
Interesses de quem estarão sendo defendidos?
Já ouviram falar de George Soros?
Precisa dizer mais alguma coisa?

O blogueiro aqui, vislumbra algo mais na negociação. Algo mais sujo ainda...

À Aécio Neves, Marina afirmou que o apoiaria se ele levasse adiante sua proposta de extinção da reeleição. Tem gente dizendo que não depende dele, depende do Congresso. Mas a verdade é que, caso ele queira, pode ficar por um mandato apenas.

É aqui que entra a opinião do blogueiro.
Tudo já pode estar amarrado.
Marina levaria a Rede e o PSB a apoiar Aécio no segundo turno, imaginando que os 21% de votos dela migrem para o tucano. Teoricamente, Aécio somaria 54%, tornando-o imbatível diante de Dilma, que tem 41%. Simples. Nesse casamento, o mineiro assume a presidência, enquanto a acreana fica com o Ministério das Relações Exteriores.

Em 2018, quando provavelmente o PT lançará Lula, as posições se inverteriam: a candidata do PSDB seria Marina, apoiada por Aécio que poderia ser seu vice. Sonham ser imbatíveis.

O projeto para tirar o PT do poder, pode não ser só para agora, mas também para 2018.

Marina Silva estaria preocupada com sua biografia?
De forma alguma. Ela já a jogou no lixo. Só alguns de seus seguidores ainda não perceberam isso.
Os espertinhos como ela, já.
Ávidos por cargos no governo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário