sábado, 25 de outubro de 2014

A bala de prata deu chabú?

Por Fernando Castilho

Yoko Ono também era petista
O blog, através do texto ''Dilma e as últimas armadilhas'', publicado há 4 dias atrás, alertava da grande probabilidade da mídia aprontar alguma para Dilma às vésperas do segundo turno das eleições de 26 de outubro.

Como se ninguém soubesse...

Pois é, Veja, aquele panfleto da direita é assíduo em todas as eleições em que algum candidato do PT esteja à frente.

É golpista, inventa, mente, não se faz de rogado.

Desta vez também compareceu com uma edição antecipada para quinta-feira.

O blog nem vai entrar em detalhes sobre as denúncias, tão vazias que nem o advogado do doleiro Alberto Youssef conhecia seu teor. E não sabemos como uma revista entrevista um réu tão réu, sem a presença de seu advogado. Impensável.

Dilma no encerramento de seu programa eleitoral gratuito já adiantou que o PT está entrando com ação contra a revista.

Amanhã mesmo, dia 26, após ser conhecido o resultado das urnas, favorável a qualquer um dos candidatos, a revista não mostrará mais empenho em divulgar suspeitas conversas com o doleiro ou com Paulo Roberto Costa. Afinal, o PSDB está envolvido até o pescoço no caso. A intenção instantânea foi mesmo tentar um golpe em Dilma. (continue a ler...)


Esperemos para conferir se a revista logrou êxito. Até agora, parece que ficou gritando sozinha. Aliás, a se basear pelos memes com capas alternativas da revista, que circulam nas redes sociais, o máximo que conseguiu até agora é virar motivo de galhofa.

De qualquer forma, o carro-chefe da Editora Abril definitivamente abdica de ser um órgão de informação, jornalístico, para se transformar de fato em um mero panfleto partidário.

É sua opção, mas opção burra, pois perdeu ao longo dos últimos anos inúmeros leitores com tendência mais à esquerda. Agora, certamente só terá assinantes de direita. Fica com um só nicho no espectro ideológico do país.

Caso Dilma se reeleja, quais atitudes deverão ser tomadas?

Não por vingança, mas por necessidade em dificultar que a mentira circule e o ódio seja disseminado, o governo deverá cancelar toda e qualquer publicidade estatal. Giancarlo Civita que corra atrás de patrocinadores.

Outra coisa, a marcação tem que ser mais cerrada. Mentiu, inventou, Dilma tem que entrar com liminar imediatamente exigindo direito de resposta. Sempre.

E por fim, a Lei de Meios.

Já não dá mais. É urgente que se comece a discutir uma legislação que possa impedir que, a pretexto de liberdade de expressão, se dissemine ódio e se pregue golpe nas instituições democráticas, principalmente nos veículos objeto de concessão pública.

Que se possa democratizar a mídia, tirando-a das mãos de meia dúzia de famiglias que detém todas as modalidades de imprensa, que se estruture um sistema público de comunicação, incluindo a criação de um fundo público para meios comunitários, que se proceda a democratização do acesso aos meios de produção no campo da comunicação e a atuação com relação ao controle e acompanhamento de políticas e regulação.

Sem isso, a cada dois anos, seremos obrigados a ficar na espera da bala de prata da vez.




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