quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Os paulistas querem Maluf. Palmas para eles!

Por Fernando Castilho

Charges Pataxó pataxocartoons.blogspot.jp

O trio de ouro dos paulistas
Para deputado, vote Maluf, Feliciano, Tiririca...
Para senador, Serra é a melhor opção.
Para governador, vote no mais preparado, Alckmin.
Para presidente, Marina 40.

Por que São Paulo destoa tanto dos outros estados?
Maluf é ficha suja. Não pode se eleger, mas continuará na disputa. Embora o TSE não se importe se ele gastar dinheiro do Fundo Partidário, o paulista tem sim que se importar, pois esse dinheiro vem dos impostos que ele paga.

José Serra foi eleito prefeito da cidade de São Paulo em 2004 prometendo cumprir seu mandato até o fim. Descumpriu a promessa, saindo candidato a governador em 2006, cumprindo apenas dois anos de mandato, onde praticamente só cumpriu tabela. Possui 8 processos nas costas, sendo um dos nomes do esquema de cartéis do metrô que surrupiou do estado cerca de um bilhão de reais, desde o governo Covas.


José Serra está a frente de Eduardo Suplicy, senador ficha limpa, sem nenhum processo nas costas, que já demonstrou em três mandatos sua grande competência e honestidade.

Geraldo Alckmin está no governo do estado, entre mandatos de vice e de governador, há 15 anos! Se vencer, irá para 19 anos!

Antes disso, o programa de despoluição do rio Tietê já havia começado, e embora já tenha consumido muito dinheiro dos cofres públicos, ainda não tem data para ser concluído.

Os pedágios em São Paulo são os mais caros do Brasil, sendo uns dos responsáveis pelo aumento da inflação, que todos os dias a Míriam Leitão nos prega na cara.

O homem foi pilhado não repassando recursos do governo federal à Santa Casa.

A educação em São Paulo tem índices baixíssimos. Os salários dos professores estaduais são um acinte à classe.

A violência nunca foi um problema tão grave como é agora. A polícia militar espanca e prende manifestante, mas poupa o bandido.

O governador tem a clara intenção de sucatear a USP e depois privatizá-la.

Embora a mídia o poupe da responsabilidade, sabemos que perdemos o Sistema Cantareira por omissão do governo, já que a Sabesp assinou em 2005 contrato onde se obrigava a buscar novos mananciais de água para suprir a crescente população do estado.

O Estado de São Paulo, cujo PIB em 2013 (1,7%), foi inferior ao do país (2,3%), mas cujo governador, ao contrário da presidenta, jamais foi chamado à responsabilidade ou criticado por isso.

Alguns paulistas, parafraseando Fernando Haddad, querem uma revolução sem que se mude nada. Para este, Geraldo Alckmin é o ideal.

Pataxó
Por fim, para o governo federal, Marina Silva.
Alguns paulistas, não a maioria, ao perceberem que seu candidato de estimação, Aécio Neves não teria ''pegada'' para vencer as eleições, uma vez que não tem propostas, se aventuram a votar, para presidente, no escuro, somente para tirar o PT do poder.

Mas quem são esses paulistas?
Bem, da elite é só o que podemos esperar, uma vez que não suportam a ideia de viajar no mesmo avião com alguém que até outro dia tomava ônibus na rodoviária.

Mas e a classe média?
Essas pessoas que se dizem hoje classe média, que até 2002 tinham um golzinho na garagem e aproveitavam as férias para descer ao Guarujá ou à Praia Grande, hoje tem mais de um carro, e um deles é carrão importado. Nas férias, seu destino preferido agora é Miami, Disney, Cancún, Paris...

Agora eles se acham a meio caminho da riqueza, mas já pensam como elite.

Creditam seu sucesso nestes 12 anos como fruto somente de seu esforço pessoal, nada mais.

Há dez anos criticavam o Brasil por ter um número imenso de pobres. Hoje não reconhecem a importância da redução da pobreza em 50%, comemorada pela ONU.

Nas redes sociais, instados pela mídia, batem a todo instante na tecla da corrupção, mas nada falam daquela corrupção cujos processos se arrastam há uma década, como é o caso do mensalão tucano, ou do citado acima, propinoduto ou tremsalão, que acaba de ser arquivado pelo judiciário.

Agora começam a perceber que a eleição de Marina Silva significará um período de instabilidade perigosa para o país, pois ela não conseguirá governar sem um partido forte e sem alianças.

Percebem que, se derrotado, o PT passará imediatamente à oposição.

Percebem que caso a política neoliberal de Marina e seu projeto de dar independência ao Banco Central, sejam postos em prática, seus sonhos de manutenção do seu padrão podem se evaporar em pouco tempo.

Começam agora, lentamente a voltar para Aécio, já que este tem apresentado um novo bordão, referindo-se a si mesmo como a razão.

A razão, o homem que praticamente viveu todos esses anos entre Minas e o Rio de Janeiro, onde, dispensando o protocolo de homem sério e enérgico que o cargo de governador, e depois de senador lhe impunham, preferiu se dedicar a noitadas em baladas...

A razão, o homem que construiu 2 aeroportos com dinheiro público em fazendas de parentes?

O combate à desigualdade e ao desemprego, as políticas sociais e de inclusão, o Mais Médicos, vão continuar e se aprimorar, e talvez esses paulistas continuem a ser beneficiados por isso.

Embora não mereçam.

Pataxó





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