quarta-feira, 13 de agosto de 2014

E agora, Eduardo Campos jogará a toalha?

Por Fernando Castilho


E Eduardo Campos foi entrevistado pelo JN na série de entrevistas de 15 minutos com os presidenciáveis.

Como lembrou Fernando Brito no Tijolaço: ''O tom da entrevista, como foi ontem com Aécio e muito mais será amanhã com Dilma Rousseff, é o de “mostrar quem manda aqui”.
E, claro, quem manda é a Globo.
Nenhuma polidez, sequer.''

E que ninguém diga que a Globo está soft. Não está não, pelo menos não é o que se esperava da emissora ao entrevistar seus prezados candidatos da oposição. Porém, o chumbo mais grosso deve estar reservado para Dilma, a próxima entrevistada.


A dupla William Bonner e Patrícia Poeta pegaram firme na questão do nepotismo, já que a própria mãe e dois parentes de Campos foram, com seu empenho pessoal, foram nomeados para julgar gastos públicos. O ex-governador no início tentou justificar o injustificável, mas Poeta não deixou barato, e ao insistir perguntando se Eduardo não via conflito nas nomeações, arrancou dele um ''não'', que seguramente será utilizado contra ele durante a campanha.

Bonner perguntou sobre as posições antagônicas de Marina Silva com relação à aprovação do Código Florestal. Após Campos negar, Bonner insistiu, já que ela foi voto vencido dentro do partido. disse ainda que Marina não tem nada contra agronegócio, indústria ou desenvolvimento econômico. Eduardo vai ter que dar explicações à Marina, e nem quero estar perto quando isso acontecer...

No mais, embora Eduardo Campos apresente uma fala mais macia, mais calma, mais sem gaguejos que Aécio Neves, demonstrou não ter qualquer conhecimento dos problemas do país, e pior, não tem propostas ou projetos, assim como o senador mineiro.

Esta deve ser a oposição mais fraca em muitas eleições!

Bem, na opinião do pequeno blogueiro, se o JN levou Aécio às cordas, Eduardo Campos foi nocauteado. E com ele Marina Silva. Vai jogar a toalha? Não, com certeza. Vai disputar as eleições, obtendo votação inexpressiva.

O primeiro erro talvez tenha sido não dar o devido valor à Marina. Dona de 19 milhões de votos (cerca de 19% dos votos válidos) em 2010, embora certamente hoje não tenha esse contingente, é certo que ela se tornou mais conhecida no país do que ele. Talvez ela é que devesse ter sido a cabeça de chapa do partido.

Outro erro é insistir em bater em Dilma Rousseff, a franca favorita nas pesquisas, poupando Aécio Neves, queimando a oportunidade de pleitear algum cargo em seu governo, já que não a apoiou. Esperto seria se não batesse nos dois. Irá para o ostracismo, a menos que Dilma precise dele para vencer.

E os sonháticos no 2° turno?
Na opinião do blog, Marina liberará a Rede como fez em 2010. Mas isso não influirá em nada. Uma parte vai pro Aécio, outra pra Dilma e o resto vota nulo ou nem volta, ficando elas por elas.

Agora as atenções se voltam para a entrevista de Dilma.
Para o blog haverá duas questões sobre factóides: os casos da Wikipedia e da CPI da Petrobrás, que a petista deve tirar de letra pois tem respostas para isso.

Outra questão certamente vai dizer respeito ao chamado tarifaço previsto para depois das eleições, já que foi formulada aos dois candidatos anteriores.

Qualquer outra questão será bola levantada para ela, pois desde a sabatina do Uol/Folha, já se sabe o que jornalistas costumam perguntar, Mais Médicos, desemprego, inflação, etc.. Ela saberá cortar.

Embora não aposte nisso, há o risco de uma surpresa. Uma armadilha. Um golpe. Uma pergunta sobre algum novo factóide que nem ainda foi noticiado. Afinal, trata-se da poderosa Rede Globo. 

E desde a edição daquele debate entre Collor e Lula, todos sabemos do que a Vênus Platinada é capaz.




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